O ato de engolir, exige do corpo uma série de movimentos rápidos e precisos, que conduzem os alimentos e líquidos da boca para o estômago. Isso garante a nutrição e hidratação necessárias à sobrevivência do organismo.
A disfagia é a dificuldade de deglutir estes alimentos e líquidos. Ela ocorre mais frequentemente em idosos, pessoas com doenças neurológicas, ou que sofreram lesões na boca, ou garganta. Estima-se que acometa 8 em cada 10 portadores de Parkinson e pode surgir como sequela após acidente vascular cerebral (AVC).
Sintomas da Disfagia
Por ser comum em pessoas idosas e portadoras de determinadas doenças, as pessoas próximas precisam estar atentas aos sintomas, que podem incluir:
– Dor ou incapacidade de engolir;
– Regurgitação;
– Tosse ou engasgo ao engolir;
– Azia frequente;
– Rouquidão.
Disfagia Esofágica
Causa a sensação de alimento “preso” na garganta ou no peito. Geralmente, causa por espasmo esofágico difuso, tumores, acalasia, ou inflamações do esôfago.
Disfagia Orofaríngea
Apresenta-se como sufocamento ou tosse ao tentar engolir o alimento, ou líquido. Também pode gerar a sensação de que o alimento está “voltando” pelo nariz. Este tipo de disfagia pode levar à pneumonia, sendo a variação mais comum entre portadores de Parkinson, esclerose múltipla e câncer.
Tratamento
Ao apresentar sintomas, o paciente deverá ser submetido ao teste da deglutição. Se constatado o problema, identifica-se o tratamento adequado, que pode ser cirúrgico, ou clínico.
Em casos mais simples, exercícios musculares podem ser incluídos, com o acompanhamento de um fonoaudiólogo e um médico otorrino.
A disfagia pode gerar complicações relacionadas à desnutrição e desidratação, engasgos e pneumonia. Por isso, é muito importante manter-se atento ao ato de engolir, principalmente, ao conviver com pessoas idosas e portadoras de doenças neurológicas.